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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Paz. Eu quero paz.

No fim das contas a gente deixou a torneira mal fechada. Definitivamente pingando. O ralo tá tampado e a cada gota a pia enche de saudade. À medida que ela vai transbordando, a gente parece que vai perdendo o chão pra se apoiar, como se aquilo fosse um oceano e a gente estivesse à deriva sem fé na salvação. 
Pessoas deveriam se importar mais com as outras. Onde já se viu causar dilúvio no terreno alheio? Só me disseram "continue a nadar", mas ninguém avisou como seriam os dias de tempestade. "Sobreviva". "Se vira". "Aguenta". Aí a gente nada que é pra tentar encontrar uma terra pra pisar.
Uma hora ele volta e finge te dar fôlego pra continuar, mas na verdade é só uma armadilha pra te cansar e adiar ainda mais o que a gente já procura faz tempo: paz.

domingo, 18 de outubro de 2015

Esperança?

Tudo começa com aquela intuição (vai com calma), mas o caso parece tão certo que você se joga num romance a 200 km/hr, e mesmo achando que tá rápido não diminui a velocidade. Quando a cosciencia dá um alarme (cara, vai dar merda) você percebe que os freios foram cortados, à frente tem um abismo e não existem asas ou trampolins eficientes o suficiente pra te amortecer na queda livre. A essa hora a razão surgiu, infelizmente tarde de te impedir do tombo, mas a tempo de te dizer "eu avisei". Pronto, você tá apaixonada, e o pior de tudo é esse sentimento de que nada cura suas feridas quando quem te fez acelerar já foi embora atrás de outra adrenalina.